Sabe aqueles dias que parece que tudo vai dar errado? Que você não quer levantar da cama? Aqueles dias calmos e solitários que passam rápido e tem um desfecho ruim. Você consegue me compreender? – Eu me sinto sozinha. E as lágrimas caem de meus olhos, eu me tranco em meu quarto, tento imaginar coisas boas, mas minha mente está presa na solidão. Está presa no momento ruim de meu dia e nos momentos ruins de minha vida. – Eu me sinto fraca e eu não consigo evitar que eu comece a desconfiar que tudo vai dar errado, entre eu e você. Na verdade, eu sei que vai, vai acabar mal – mas nesses momentos parece que isso me incomoda.
Então eu olho para os lados e não tenho para onde gritar. Eu pego o telefone e não tenho para quem ligar. – Será que você vai me atender? Não, não quero lhe incomodar. – Me sinto solitária. – Então meu quarto parece um calabouço, ele já não é mais meu reino de fantasias secretas.
Só me resta escrever. – Queria escrever sobre o mundo, mas não tinha boas palavras para me expressar naquele momento. Queria escrever sobre o futuro, mas me senti presa ao passado. Quis então, escrever sobre o passado, mas voltei a chorar. – Comecei a pensar na vida, e construí mil e uma possibilidades do que Deus queria de mim. Afinal, todas aquelas provações estão me matando.
Foi quando comecei a escrever sobre você. E honestamente, lhe comparei com meu passado. Porque no começo, bom, no começo você era a única coisa que poderia me trazer para perto daquilo que passou. Mas tudo tomou proporções diferentes, e eu, eu me tornei uma dependente química das coisas erradas. – Afinal, entre nós, tudo é química. E entre o mundo, a física entra em contato com a nossa sintonia.
E tudo que eu faço existe um porquê. Por menor que seja, existe uma explicação, existe um sentido. – Vontade, jogada ou falta de controle. – E um belo dia, eu vou lhe ligar, sem falar o que me aconteceu, apenas vou ouvir você falar, e lhe direi que aquele sonho cresceu – no ar que respiro, eu sinto prazer.
Amanhã irei acordar e verei o sol, que me impede de ver as estrelas. – A tempestade que chegar será da cor dos teus olhos. – E quando tivermos nossos próprio tempo, por favor, me abrace forte. Me segure em seus braços onde me sentirei protegida. E cale-se por um instante, apenas por instante, para que eu possa ouvir você respirar.
E eu não sei se você percebeu, que eu escrevi de você para abafar a dor que existiu em mim neste dia. – E é assim que eu ando vivendo, eu fujo de tudo usando minha maior e mais perigosa droga: você.
- Eu tento entender as coisas e os sentidos. Eu me alegro com a simplicidade de uma flor e a honestidade de um sorriso. Eu tenho prazer de ser quem sou, de acreditar no que acredito. Poderão me chamar de tola, mas eu acreditarei sempre em um mundo melhor. – Eu peço perdão por agir assim, da minha maneira, nos meus estados. – E eu tento lhe convencer com um sorriso e lhe provar com um abraço, que o mundo pode ser melhor do que você imagina. – Basta acreditar.
Usando minhas possibilidades e teorias, usufruindo de minha maior terapia: escrever. Eu acalmei a solidão. E começo a entender, que talvez, as palavras sejam minhas maiores companheiras.
Então quando o sol bater na janela de teu quarto, lembre-se de mim. O sol também é uma estrela, e brilha como nós. – O sol nasce para todos, mas tem significados para poucos.
“So I have to thank, the moments of happiness you give me. And I have to write, the reason for who I am. Because I, I can go further.”
Eu me sinto insegura, com medo. Mas vai passar. – “E que o tempo voe,
mas pare na nossa vez”.
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